Espelhos d'alma...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Cabisbaixa num canto
Num canto qualquer
Ela deixa a lágrima
Cair sem fé.
Perdeu a esperança
E os sonhos de outrora
Não sabe o que quer 
E agora só chora.


Chora desconsolada
Perdida de tudo 
Nada mais lhe agrada
Coração dói no fundo.
Só se ouve ao longe
Uma triste canção
Suspiros exaustos 
Suspiros de solidão.

 Só se fala aqui fora
 Das dores dela
 Todos se lamentam
 A situação
 Ninguém sabe agora
 Como se revela
 As dores que sente
 O seu coração...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quando uma estrela risca o céu
Cruzando imensa escuridão,
Feche seus olhos e se atente  
Para o que trazes no coração,
Faça o pedido imediatamente
Que nenhuma estrela cai em vão...
Para cada estrela que cai,
Um sonho se desponta,
Quando se perdem no infinito,
Com destino novo se conta.
Quando a noite for chegando
Permita seus pés desprenderem do chão
E então minha vida toda
Ficará ao alcance de tuas mãos...
Nos seus olhos a tristeza se veste de castanho
Uma ilusão molhada, chorosa, cansada...
Desesperançada de qualquer sonho.
Ficou o vazio, a ausência, o nada...
O semblante desgostoso ilustra a face menina,
Sem amparo, ela só faz pensar:
Será essa a minha sina?

terça-feira, 9 de novembro de 2010






Antes o sol nascia em meus dias
Descortinando um degrade aurora.
Hoje ele se esconde, sabe se lá onde ele mora,
Não se oculta por vergonha, é tristeza.
Esqueceu que a vida continua...

Além disso, as nuvens desenhavam o céu,
Destacando-se na infinidade do azul celeste.
Eram tão alvas e delicadas,
Hoje vivem carregadas e de cinza se veste.
Choram a ausência sua...

Também a noite de estrelas se enfeitava,
A lua cheia arrepiava de amores e de desejos.
Hoje é solitária e distante,
Fez-se toda em lua minguante.
Foi-se perdendo por você...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Calou-se a voz dentro de mim
Estacados ficaram a viola e violão
Nenhum acorde fez mais sentido
A música ficou perdida no coração

Fizeram silêncio todas as melodias
O timbre está preso na garganta
As letras já não dizem mais nada
E juntas, as cifras se perderam no ar.

Não tem mais ritmo ou compasso
Nem ao menos um pequeno traço
Da alegria que você nos trazia
Tudo se foi com você...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No dia que amanhece,
Na noite que chega...
Que falta você me faz!
Na lembrança que volta,
Na saudade que aperta...
Que falta você me faz!
Na lágrima que corre,
Na ausência que lateja...
Que falta você me faz!
Nas noites que passo acordada,
Nos dias em que fico calada...
Que falta você me faz!
Na sua demora em voltar,
No seu silêncio que incomoda...
 Ahhh... Meu irmão, que falta você me faz!
Um dia sem você
É um dia cinza e abafado
Assim como o de hoje
Que só faz incomodar
É olhar pela janela
E sentir pela brisa que passa
O quão distante você está
É ver as horas passando
E o tempo, acabando comigo.
É perceber a indiferença
Nos olhos que há muito deixei de ver
Sem você, meu coração pára.
Meus passos perdem a direção
Perde-se o brilho nos olhos
E o motivo pra sorrir...
Sem você os meus sonhos todos se vão
O que fica é um gosto apurado na boca
A sensação amarga da solidão.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Entre o certo e o errado
Escuro ou alvejado
Só tenho olhos para você...
Entre a mente e coração
Sentimento ou razão
Meu desejo é só você...
Tudo ou nada
Certa ou errada
Meu equilibro é você...
Faço promessa e até juro
Deixo o passado e futuro
Meu presente é estar com você...
Por onde anda agora?
Meu olhar ainda chora
Quando penso em você...

sábado, 18 de setembro de 2010

Agora eu já me sinto assim
Sem ter o chão sob os meus pés
Como pode ter me enganado tanto?
Você me fez andar em nuvens,
E agora meus sonhos são como as nuvens que se desfazem no céu
Como pôde ter me feito acreditar
Em tantos planos, em tantas juras de amor?
Porque eu fui me apaixonar por você?

Isso é o mais desconexo que pude chegar
Como uma lágrima pode parecer tão doce?
Como pode a certeza parecer tão errada?
Você sabe, existia algo de mágico no ar
Cadê o elo que existia entre nós dois?
Cadê a cumplicidade que nos mantia tão ligados?

Você foi tão abstrato comigo
Mas me parecia tão seguro de si
Pra onde foi toda aquela segurança?
Você me deixou mergulhada na esperança
E agora me afogo em ilusões...
Me fez acreditar nas coisas mais impossiveis
Me fez sonhar com a eternidade ao lado seu
Como você pode ter me tocado tão profundamente?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E reencontro agora minha outra metade,
Vens de outras vidas!
E essa sensação de euforia e calma,
Restabelece meu corpo e minh’alma
Trago em mim, parti de ti
O que trazes é parte de mim
Nós juntos somos “um” !

Ai meu Deus!
Que dilema o meu,
De um lado, um
Não querendo nada com nada.
Do outro, outro
Querendo tudo com tudo.
Me diz porque sempre o coração
Faz a escolha errada?
Na verdade, eu queria mesmo
Era o nada com nada
Querendo tudo com tudo...
Entende?

terça-feira, 10 de agosto de 2010


Queria dar ao meu sorriso aquele tom maior de alegria,
que ele teve um dia
E poder intensificar o brilho dos meus olhos,
que há muito ficou perdido
Queria soltar a voz aguda que como um nó,
ficou aprisionada em minha garganta
Modelar meu rosto deixando nele a suavidade e a textura,
de alguém que encontrou a paz
Permitir que meu corpo dance com o vento,
como nos tempo de outrora
E sentir em cada poro o suor me escorrendo,
enquanto me descubro em vida
Escutando meu coração bater com a mesma vivacidade,
de como quando eu nasci...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como tudo se transforma
O nosso amor se transformou,
Tenho sonhado de olhos abertos
Tenho andando em nuvens
Tenho voado tanto...
Você me tira o ar
Mesmo de tão longe,
Com esse jeito de me olhar
Com esse teu jeito de falar
E fazer planos para nós dois...
Tenho por mim
Que quando eu te encontrar
Não vou me conter
Não vou caber dentro de mim,
É arriscado me ver chorar
Desmaiar, desfalecer de amor
De tanto que desejo
De tanto que almejo
Sentir você...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Na noite a solidão é maior
Parece dar espaço ao que já está vazio
E mesmo entre milhares de estrelas
Sinto-me sozinho...
À noite sou lua
Que cintila de todas as formas
Sempre com suas fases
Sempre com suas normas...
De longe ela me fascina
Ela me faz companhia
Sinto algo que alucina
Até raiar do dia...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Meu coração parece ter asas
Gosta de sentir-se livre, Leve e solto...
De bater acelerado, sem querer ficar no peito
Desprendido de qualquer limite
Quer aventurar-se, quer entregar-se
Sem nenhum medo ou receio
Sem querer ficar no meio
Ele quer estar pra todo lado
Incha no peito, cresce tanto
Quase encontra com o outro
Que distante também bate,
Tão descompassado,
Mas tem medo de desprender-se
De sentir-se amado...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ESPERANÇA...

Quem sabe o que quer?

Quem se atreve a fazer?

Quem vive simplesmente?

Sem nenhuma cobrança...

Quem sorri para o dia?

Quem chora de alegria?

Quem se desmancha de prazer?

Como nos sonhos de criança...

Quem se entrega sem medo?

Quem dá o braço a torcer?

Quem admite perder?

Sem nem um pingo de esperança...

segunda-feira, 26 de abril de 2010


Eu quero uma canção
Que fale mais que qualquer palavra
E tenha a luz do seu olhar...
Que cause na alma
A mesma sensação de paz
Que percebo em seu sorriso...
Uma canção que tenha o mesmo timbre
Da tua voz,
E que aos meus ouvidos pouse suave
Como a brisa da manhã,
Uma canção que tenha o aconchego
Do colo que é seu...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DETALHES...

São detalhes assim
Que deixam tudo encantado
Deixam os olhos intensos
Na boca, o gosto do pecado.
As memórias escolhidas a dedo
Revivem em cada lembrança
Desde o tema ao enredo
A emoção fica assim meio perdida
A alma meio assim escondida
Sem querer pisar no chão...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

VÍCIO...

Parece absorver toda angustia
Até o ultimo trago
E como se não bastasse
Acende mais um cigarro
E depois outro,
E outro...
A ansiedade toma conta
Esfumaçada mente se esquece
E o desejo é o que tem de maior
Quer preencher o vazio
Mais nem nota,
Que a cada dia fica pior...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

GIRASSOL...

Amarela ela gira
Gira em torno do sol
A flor que mira
Mira dentro do rol
Hipnotizante mente
A mente cogita
De dia se agita
Mas a noite se aquieta
E põe-se a dormir
Amanhece toda esperta
O sol já vai surgir...




SENSIBILIDADE...


Sensibilidade está para além da pele,
No contato rente se repele,
Arrepia-se...
Fica a deriva
De um ato humano
De calor sobre humano
Que aconchegue nos braços
Algo a mais que a pele...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

LIBERDADE...

Aprender com os pássaros
E voar sem destino certo
Deserto ou em multidão
Abandonar a culpa
Mutável destino
E ser só livre
Só vôo
Vivendo de emoção...
IMAGINAÇÃO...

Voar é dar asas a imaginação
Imaginando tudo posso
Até os sonhos impossíveis
Voar é liberdade
Liberdade e expressão
Posso ir além do infinito
E adentrar teu coração...

terça-feira, 13 de abril de 2010

FLORESTA...

Nebulosas as sombras
Escondida nos vales
Por detrás das árvores
Entrelaçadas a cipó.
Quase sempre se perde
Em suspeitas certezas...
E quando se depara
Com aquele que defronta
Se rende ao machado
E se deixa ferir,
Seus conceitos de outrora
Agora descampados,
Consente em primeiro alcance
Banhar-se de luz...
LABIRINTO...

Quantas linhas tão iguais
E caminhos tão estreitos
Uma entrada não volta atrás
Dos teus passos imperfeitos.
Nas trilhas tão labirínticas
E de busca duvidosa
Decide-se perder
E surge vitoriosa...
O MAR...

Lançado em águas revoltas
De profundidade extrema
Trava-se um confronto com si mesmo.
Respirando ofegante,
Engole salgado e desce ardido
E ao aquietar-se
De tamanha rebeldia
Encontra-se ancorado
Nos braços da magia
Para outro recomeço...
ESFERA...


Os olhos inda fechados
Ao brotar da percepção
O conforto aconchegava
Inerte na profunda escuridão.
Aos poucos vai criando espaço
Com pequenos gestos de luta
Que em golpes finais e sofridos
Aventura se ao que é novo
E cai ao nascer...
PÉTALAS...


E quando a gota de orvalho
Insiste em cair nas pétalas
A flor que de tão aberta
Desfolha-se em alívio
E repousa ainda viva
Mesmo que despedaçada
Até que no ultimo suspiro
Faz-se seca e pálida...
CORAÇÃO...


O rio que passa dentro de mim
Por entre as curvas, ultrapassa
O músculo que latejante
Golpeia em cor rubro
Tum... ti... Tum... ti... Tum...
LEMBRANÇAS...

Delineando teu contorno
Através do espelho de íris castanho
Decoro cada detalhe
Que se faz profundidade em alma
Infinidade de cores
Sensações e sabores
Me desperto em lembranças...


O SOL...


Aquele que nasce por detrás do morro
Escondido entre as partes de algodão que de branca se veste
Surgem os primeiros traços de luz
Que ofuscam os olhos
E se fazem fechados em breu,
Mas ao fechá-los
Sente-se em corpo nu
O calor amarelo que descongela corações...